domingo, 18 de julho de 2010

Esta é a realidade dos dias actuais


Analisando os nossos dias de actuais , tanta coisa já não fazem sentido, ou se fazem no mínimo é estranho. Evidentemente que os tempos hoje são outros, mas não será que levaremos estas mudanças um pouco além do óbvio? As relações entre pais e filhos não são as mesmas, dificilmente poderemos dar-nos ao luxo de dizer que temos amigos e que poderemos contar com eles aconteça o que acontecer, mesmo a vizinhança, passam anos sem se conhecerem ou apenas trocando apenas um cumprimento muitas vezes frio, como se de uma obrigação se tratasse.
É natural que a própria evolução e o desenvolvimento, levaram as pessoas a adquirir novos modos de vida, mas pergunto-me, será para melhor?
Nota-se claramente que mesmo as chamadas redes sociais ganham mais espaço na vida das pessoas, em vez de amigos reais.
Quando eu era nova, no Bairro onde eu cresci, conhecíamos as pessoas pelos seus nomes, os mais velhos ou eram por tios ou avós. Havia um respeito que até tornava as dificuldades mais fáceis. Estávamos sempre dispostos para ajudarmos uns aos outros, nas coisas básicas e não só. Hoje em dia mesmo quando me desloco de comboio para meu local de trabalho, vejo coisas que conseguem deixar-me profundamente triste. Os mais jovens são incapazes de se levantarem para ceder lugar a uma pessoa com mais idade, falam de tudo, usam palavras que jamais ouvi meus pais dizerem em casa, enfim, a isto chamam de tempos modernos. Entendo que deve haver modernização e que as pessoas devem evoluir, mas não é olhando apenas para seus próprios umbigos. Sei também que podemos evoluir para bem mas parece que muitos estão dando passos atrás e ainda dão a isto o nome de ser liberais.
Há pessoas que marcaram muito a minha vida e só vou citar uma dessas pessoas. A malograda Diana Spencer ou como era carinhosamente tratada pela Lady Di. Ela que tão cedo nos deixou, mas talvez Deus tivesse achado que ela tinha cumprido a sua missão aqui na terra e que não merecia passar por tudo aquilo que passara. Ela dava amor aos mais desfavorecidos, visitava-os num gesto de carinho, boa vontade e coragem. Não o fazia para ser conhecida, pois mais do que já era, impossível seria. Não precisava ser como muitos de que oiço falar que adoptaram uma criança, só para ficarem mais famosos e mostrarem o quanto são bons. Entre os desfavorecidos não se escolhe um ou outro; ou se dá amor a todos ou se mantém no anonimato como muitos cidadãos comuns que têm ajudado inúmeras pessoas e nem sequer são conhecidos. Vejam o caso de John Travolta, Oprah Gail Winfrey, e muitos outros.
Mas, enfim, tudo isto faz parte dos dias de hoje, a nossa actual realidade. Mas se cada um de nós contribuísse com um pouco que seja com as regras de boa educação, nos preocupássemos mais com o próximo, respeitássemos para poder ser respeitados, desse um pouco de amor e carinho a quem mais precisasse, etc, podem acreditar que os nossos dias actuais, seriam bem mais lindos e mais emocionantes.
Mas, infelizmente, esta é a realidade dos dias actuais.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Depressão - A doença do Silêncio


Conheço ainda em dias de hoje, muitas pessoas que não sabem o que é a depressão e muitos vão mais longe ao dizerem que a depressão é mania de quem nada tem a pensar.
Pois estão enganados, pois a Depressão é uma doença grave, silenciosa, que mexe com o foro psicológico da pessoa e causa à morte como outra doença qualquer.
A Depressão pode ter várias causas tais como: perda do ente querido, situação económica-financeiro desfavorável, situação amorosa e não só.
Actualmente, tem vindo a crescer o número de doentes com depressão em todo mundo o que começa a ser uma preocupação para a OMS, pois isto mexe com o desenvolvimento sócio-económico de qualquer País.
A depressão leva até ao suicido como a causa mais grave, se não for tratada a tempo, ou uma incapacidade mental e física do funcionamento do nosso corpo.
Uma pessoa depressiva, sente-se incapaz de lidar com coisas mais básicas, o seu pensamento constante é isolar-se de tudo e todos. Quanto mais só estiver, sentem-se que é aquilo que merecem, pois se sentem culpados por tudo de mal que lhes acontece a si e aos outros.
O pior de tudo, é que nem sequer as vezes nos damos conta de quem estar ao nosso redor, está sofrendo da depressão, até que o mesmo cometa um acto inesperado, impensável, fora do normal.
Por isso, ao notarmos estes sintomas, tais como as que a mencionei anteriormente e mais algumas que irei mencionar, a atitude correcta a ser tomada é procurar ajuda especializada de um psicólogo ou psiquiatra. Os sintomas como o afastamento dos amigos e não só, falta de vontade para fazer o que quer que seja, a desistência da vida ou de lutar por ela, o cansaço sem explicação aparente, a enorme vontade de estar só, a vontade chorar, o receio de falhar, enfim.
Por tudo isto, acho que que os amigos, os familiares, o companheiro, tem um papel fundamental para ajudar um doente ultrapassar esta fase. Não é obrigando a pessoa doente a sair de casa, a fazer aquilo que achamos melhor, é que que estaremos a ajudar. A ajuda passa pela compreensão, pela ajuda especializada enfim. Podem imaginar, o que é alguém que gosta de viver, divertir, rir, e de repente tudo disto fazer sentido? Escrevo este artigo como se fosse para mim mesma. Escrevo com conhecimento de causa. Sofri e sofro na pele aquilo que chamo a doença silenciosa, mergulhei até ao fundo de poço neste momento ainda tento sair. Muitas coisas deixaram de fazer sentido, mas estou a repreender a viver e hoje sei quando chega ao momento de ser forte e muitas vezes ser forte, é ter a coragem para pedir ajuda. Não abandonem estas pessoas a sua própria sorte, pois afinal de contas sofrer de depressão é estar doente silenciosamente.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Emigrar a procura de uma vida melhor


Hoje estou aqui a publicar algo sobre emigração,o terrível acto de deixar a nossa terra, nosso País, à procura duma vida melhor. Sou emigrante a 12 anos e apesar de muitas vezes sentir duma maneira ou de outra o que é viver num País que não é nosso, longe dos nossos familiares, da nossa cultura e apesar de todos contratempos, não me considero que fui mal aceite na Sociedade de acolhimento. Muita vezes sinto-me mal em relação a certas coisas, mas, mais pelo racismo do que outra coisa qualquer mas isto para mim é uma questão que ultrapasso completamente, pois o racismo faz parte da ignorância das pessoas, pois todos nós somos iguais na nascença e na morte, e a cor da pele, não interfere nesta obra da natureza, por mais que não gostemos.
Contudo, existem pessoas que sofrem na pele todos os dias o efeito de ser um cidadão emigrante. E neste caso, o que mais me faz confusão são aqueles que pertencem à comunidade europeia, moeda única, livre circulação por esses países, mas quando chega a hora de questões tão importantes como o Direito à Saúde, ao apoio social, jurídico, passam a ser considerados cidadãos emigrantes.
Tenho uma amiga que vive e trabalha em Inglaterra. Ela trabalhava numa fábrica e sofreu um acidente na hora de trabalho, provocado por uma das máquinas da empresa que se avariou e ela não sabia. Neste acidente, perdeu o dedo e dois deles quase que não se movimentam. Enfim, um acidente de trabalho que deixou uma senhora jovem inválida parcialmente.
A verdade é que nem a empresa onde ela trabalhava e descontava a segurança social ou a empresa seguradora responsabilizaram pelo caso "MENITA" e como ela não sabe falar bem o inglês ainda tornou mais complicado a situação desta amiga que viu a sua vida a retroceder já lá vão 2 longos anos e alguns meses. A Verdade é que a "MENITA" hoje vive de boa fé dos outros, enquanto não encontra solução para seu problema, tendo sido operada outra vez e a cada dia que passa sofre de dores horríveis e entrou num estado depressivo sem precedentes.
Pergunto a mim mesma, como é que uma funcionária que perde um dedo numa Empresa, no seu posto de trabalho pode ter este tipo de tratamento? Ao sofrer um acidente de trabalho, o seguro deveria cobrir este tipo de acidente como manda a Lei. Se o seguro declina a responsabilidade, então a empresa deve, ao meu ver, fazer algumas de marchas de modo a que a situação se resolva e não deixe um cidadão passar por tudo isto.
A "MENITA" efectuou descontos para a Segurança Social daquele País. Será que neste país, que dizem que o apoio social é um dos melhores, não poderia ajudar esta senhora de alguma maneira? Onde fica a parte de solidariedade social, para com os desfavorecidos? De algo tenho absoluta certeza, se a "METITA" estivesse no seu País, ela poderia contar com qualquer tipo de apoio e não abandonada à sua sorte. Por vezes abandonamos nosso País, em busca de prosperidades e tudo que encontramos, é indiferença, maus tratos, patrões que nos põem a trabalhar mais horas que do a Lei permite e muitas vezes com salários precários, ou ausência deles.
Deixo aqui um apelo aos emigrantes: que consultem os seus direitos e deveres, que se informem sobre seu contractos de trabalhos, que se sindicalizem, que aprendam a falar a língua do pais que vos acolheu, que não tenham receio de contar as suas histórias e procurarem ajudas especializadas, mesmo que em último casos, junto as representações consulares dos seus países. Todos juntos podemos travar esta onda de descriminação que existe para com os emigrantes.
A ti "MENITA", do fundo do coração, desejo ferozmente que o teu caso tenha um desfecho feliz, porque um cidadão do Mundo acima de tudo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mc - Amizade Sem Limites


Muitas vezes encontrei-me pensando que eu era uma infeliz, que não tinha amizades verdadeiras, e com estes pensamentos comecei a usar internet e redes sociais como forma de preencher este vazio que existia dentro de mim.
Para mim, era muito mais fácil conviver com pessoas que não conhecia de parte nenhuma, usar um nick para identificar-mo-nos, mantendo assim a minha (nossa)privacidade.
Foi assim que te conheci, a pessoa a qual eu apenas chamarei por MC. Uma mulher batalhadora, liberal, amiga dos seus amigos, que faz o que pode sem pedir nada em troca. Talvez por ela ser ateu, é uma pessoa que vive apenas e que está de bem consigo e com os outros.
A mim, ela estendeu a mão e resgatou-me no momento em que mais precisei, quando todos me viraram as costas, quando ninguém entendeu que o meu resgate era apenas a Amizade, forte e leal. Tudo o que precisava.
Eu a tenho como um anjo da guarda, contudo, como a MC não acredita em anjos, apenas direi então que ela decidiu investir em mim, pois viu que eu tinha muito de bom para criar uma amizade.
Seria quase impossível citar aqui todas as coisas boas que ela já fez para contribuir para a minha felicidade. Sempre foi sincera comigo e a única coisa que ela nunca me prometeu foi que nos conheceríamos um dia.

Mc, tenho um enorme e especial carinho por ti. Ás vezes, sentada na minha secretária e defronte ao meu pc, basta saber que estás online para sentir que não estou só, que do outro lado do ecrã tenho alguém que não me conhece pessoalmente mas que consegue saber se estou bem ou não,
Tens outra virtude, a de me ajudar sem querer que os outros saibam que o fazes. Não há palavras suficientes para descrever a gratidão que tenho por ti.
É um enorme prazer poder contar com a tua amizade e a única forma de pagar-te é ser sempre a tua fiel amiga.
Tenho aprendido muito contigo MC. Tu és a coragem, determinação, companheirismo, bondade samaritana, honesta, enfim... poderia passar horas e não saberia como descrever a pessoa maravilhosa que és.
Não sei se te faço uma homenagem mas agradeço a quem quer que seja que nos uniu.
Seja como for gostaria de deixar-te este pequeno poema para que nunca te esqueças de mim como eu nunca me esquecerei de ti.
Todos vivemos debaixo do mesmo céu, mas nem todos temos os mesmo horizontes.
Eu sei que não adianta criar ilusões neste mundo mas se quiseres ser feliz considera-te fiel ao teu ideal. Sei também que a vida é uma sucessão de surpresas e contrastes mas espero que te lembres de mim e das circunstâncias em que nos conhecemos.

Continue a ser a pessoa que és, com todos os defeitos e virtudes. Afinal de contas, és mesmo uma pessoa cool MC .