domingo, 22 de agosto de 2010

A Virtualidade e as suas consequências


Este tema parece ser bastante comum e existem mesmo pessoas que nem sequer dão importância a coisas virtuais porque dizem que não é nada real. Por vezes também concordo com isso, mas nem sempre é tão fácil separar o real do virtual como parece.
Embora o virtual seja ou pareça ser o que não é real, posso assegurar-vos de que por muitas vezes tem o mesmo efeito.
Já vi imensas amizades começaram de uma maneira virtual, primeiro no breve "Olá" e com o andar de tempo, ir-se aprofundado em algo mais até que se tornou numa grande relação de amizade ou mesmo num relacionamento amoroso bem real.
Ao longo dos tempos que comecei a usar a internet como ferramenta não só de trabalho, mas também para fazer amigos, posso assegurar-vos que fiz imensas amizades por este mundo a fora. Fiz amizades virtuais em quatro cantos do mundo, umas boas outras nem por isto, mas isto acontece na vida real também.
Mas tenho um amigo virtual que possivelmente nossa amizade será sempre ser assim, mas não troco por nenhuma amizade real. Ele escuta-me, aconselha-me sem me deitar abaixo, respeita-me por aquilo que sou e melhor ainda, quando eu precisar sei que posso sempre contar com ele. Sei que lês os meus artigos amigo, o meu carinho e o meu respeito por ti é como se esta amizade fosse real. Um dia, ainda dedico-te o melhor artigo que alguém poderia escrever sobre ti.
Bem falando de consequências, posso assegurar-vos com toda certeza de que muitas vezes a Virtualidade faz estragos bem piores que a vida real. Já conheci pessoas (virtualmente falando) que só posso definir-los como bons actores e que fariam inveja a muitos grandes actores de Hollywood. Pessoas que inventaram uma vida, que omitiram parte daquilo que realmente são e que acabaram por magoar profundamente outras pessoas.
É claro que temos que ter cuidado, ouvimos inúmeras vezes imensas histórias de pessoas que já foram enganadas, sequestradas, burladas por causa do mundo virtual. A verdade é que na vida real também isto acontece. Agora não podemos negar que as consequências destes traumas virtuais não têm importância, por serem meramente coisas não reais. Magoam, ferem, deita-nos abaixo tanto quanto o mundo real, digam o que disserem.
Mas na verdade estes dois mundos, o Virtual e o Real estão interligados cada vez mais e por mais que eu tente evitar não consigo deixar de ser feliz e infeliz com esta lugar Virtual que nos consome a vida de tal maneira, fazendo-nos criar meras ilusões dentro da nossa cabeça.

A Tourada - O Espectáculo da Festa Brava





A tourada não é nada mais nada menos que uma espectacular acto de desafio do homem servindo-se das perecias do cavaleiro e o cavalo perante a força física do touro, muitas das vezes tornando no espectáculo maravilhoso, embora o sofrimento causado ao animal.
A tourada, espectáculo tradicional em alguns países de Europa e da América Latina onde encontramos a maior praça de Touros da parte em europeia em Espanha que se chama "Plaza de toros de las ventas" e a maior do mundo é a "Plaza de toros em México" localizada em México.
Numa tourada, todos os touros têm pelo menos quatro anos de idade. Quando os touros lidados ainda não fizeram os 4 anos diz-se que é uma novilhada.

A lide varia de país para país, em Portugal tem duas fases: a chamada lide a cavalo ou menos corrente a lide a pé e posteriormente a pega. A primeira é levada a cabo por um cavaleiro, lidando o touro. A lide consiste na colocação de ferros, ditos farpas, de tamanhos variáveis, começando com ferros longos e culminando frequentemente com ferros muito curtos, ditos "de palmo"

A morte do animal na arena tem suscitado reacções contra, da parte dos defensores dos direitos animais tendo levado a proibição da morte dos touros na arena, com excepção de locais justificados pela tradição como o caso de Barrancos que só foi permitida em 2002.
Apesar do sofrimento causado ao animal, proibir a tourada é como perder parte da nossa identidade cultural.
Como relatou-me um amigo que apesar de ter deixado Portugal ainda uma criança, quando assistiu pela primeira vez aos 21 anos uma corrida de Touros, identificou-se imediatamente com a tradição e foi aí que apercebeu-se das suas origens portuguesas.
Embora que para os espectadores a tourada não passasse de um mero espectáculo, para os cavaleiros e os forcados é um acto de muita bravura.
Na minha opinião proibir ou acabar com a tourada é perder a tradição que faz parte da identidade de uma nação, embora achar que é muito sofrimento para o animal, mesmo sabendo que o que espera é morte, poderia se evitar de alguma forma o sofrimento do animal sem por em causa a tradição e o belo espectáculo que é a festa brava.

domingo, 8 de agosto de 2010

Nazaré - A TERRA ONDE EXISTE A FELICIDADE



Visitei pela primeira vez a Nazaré, e como tal, não pude deixar de dedicar um pequeno artigo a esta terra de pessoas simples e acolher adoras, onde se passa bons momentos. Onde se deixa uma nostalgia imensa a cada minuto que passa nesta contagem decrescente até partir. Lugar, este, que já amo como se sempre tivesse feito parte de mim.
Decidi fazer estas curtas férias após um amigo falar-me imensas vezes da terra que o viu nascer e donde está longe já lá vão 30 anos e cujo lugar fala como se de lá (aqui porque neste momento ainda encontro-me na Nazaré) nunca tivesse saído. O amor que este homem sente por ser da Nazaré, o seu orgulho é tão contagiante que quem o conhece e o escuta de certeza que sentirá e fará o mesmo que eu: tirar um dias e vir ao encontro desta terra e sentir toda esta magia.
Logo ao chegar, deparei-me com a simpatia dos habitantes. O mais notório, foi sem dúvida a forma como as mulheres mais idosas desta terra se vestem, os aventais que trazem pela cintura, os seus chinelos, saias largas. A casa onde fiquei pertence à Dona Damásia. Bendita seja esta pela sua simpatia, amor, carinho, respeito e compreensão que me passou ao longo de toda a minha estadia aqui. Apesar de todos os problemas que enfrenta diariamente, e que provavelmente deixaria sem forças um ser normal, a esta Sra dá-lhe mais força para viver e enfrentar tudo sem medo e com distinção, e nem por um minuto deixa de pensar nos outros, esquecendo-se até de si, por vezes. Tenho por ela o maior respeito e gratidão como se de uma mãe se tratasse e posso mesmo dizer com convicção que ganhei por aqui uma amiga e tenho a certeza que terei o imenso prazer de estar com ela ainda muitas vezes nesta vida se Deus assiM o desejar.
Aqui, tudo é perto, tudo se conhece, todos os caminhos vão dar à praia. Na verdade, a casa onde fiquei ficava a menos de 5min da praia. Para os amantes do sol e do mar este lugar é perfeito. Ao longo da praia, encontram-se várias lojas e comerciantes. Todos estes a vender o melhor desta terra. Os turistas parecem amar este lugar, sendo os franceses, alemães e espanhóis os que se encontram mais por aqui. E apesar de todos estes turistas que por aqui andam, estas ruas e avenidas são limpas e com pouco lixo no chão. Está tudo organizado e as pessoas respeitam-se mutuamente. O ar é puro e o ambiente é sempre calmo e divertido, parecendo que estamos a viver uma num clima de festa e alegria contaste. Pude ver várias coisas que se calhar por nunca ter gozado minhas férias aqui em em Portugal e das poucas vezes que as gozei, raramente saio de casa, pude apreciar coisas incríveis, artista brilhantes, fazendo verdadeiras obras que seriam dignos de qualquer museu. Ou músicos que actuavam nas ruas a troco de umas moedas e que poderiam pertencer melhores orquestras não querendo mérito a quem consiga estar a posar suas obras num museu ou actuar numa orquestra Parei para apreciar uns músicos de que tocavam uns instrumentos artesanais feito com bambu. A música é uma das minhas grandes paixões e confesso-vos que delirei, cantei, filmei, ri ás gargalhas como meu tempo de miúda. Também ri-me imenso com um azulejos que traziam vários ditados que devem ser populares, mas que apesar de serem verdade os ditos lá escritos, tudo erra carregado com a uma dose extra de humor. Fartei-me de tirar e fiz com que a minha filha tirasse fotos à estes azulejos.
O único senão que me custou bastante ultrapassar foi a falta de locais onde pudesse aceder a Internet. Não quero dizer que não haja, pois na Biblioteca Nacional é um local onde tem aceso a Internet e depois de muito procurar encontrei o café.com, onde tem um espaço magnifico, com pessoal simpático e uma decoração espectacular. Pode-se passar horas naquele local que até nem se lembra que o tempo é taxado e quando se dá por contamos estamos a pedir por mais 30 minutos ou uma hora.
Conheci um outro bar que durante o dia não parece ter nada de especial para além da gentileza dos empregados, mas à noite, o ambiente é acolhedor, podendo estarmos aí sentados a conversar com amigos, a tomar um bebida ao som de músicas agradáveis.
Passei pela biblioteca, o centro cultural, o mercado e tudo mais. Sempre na maior desconcentração, desfrutando o melhor disto e apreciando tudo o que esta terra nos oferece. Esta estadia na Nazaré ficará marcado pela positiva e estará presente nos meus dias.
Deixo aqui o meu agradecimento ao meu amigo que mesmo distante fez com que eu conhecesse este local. A ti que não cito o nome mas se leres este artigo saberá de quem falo que continues amando a tua terra e hoje entendo o orgulho que sentes por ser nazareno.
Deixo aqui uma frase que que faz todo sentido que é “ estive em Nazaré e lembrei-me de ti”
Hei-de voltar com toda a certeza A NAZARÉ ONDE AINDA SE PODE SONHAR.