domingo, 26 de junho de 2011

A dor, a rejeição, como acertar se a decisão tomada é mais correcta



Já algum tempo, não tanto assim, mas que apetece continuar a contar a história dela. Mas, é tão complicado falar sobre ela, apesar com o consentimento dela, pois tudo nela é de uma tristeza enorme. Como poderei negar o pedido de alguém que me pede para publicar a sua história no meu blog, quando acima de tudo ela é a minha melhor amiga, como digo como se fosse outra metade do meu eu. Sei tudo sobre ela, seus medos, seus receios, o quanto ela tentar sair do poço que se encontra mais sem grande sucesso.
Ela confessou-me que pressente que não viveria muito mais tempo, que tem seus dias contados, mas que tem uma pena imensa de abandonar os filhos. Acreditem que também pressinto o mesmo, pois há cerca de um mês ela é apenas uma sombra da mulher linda e altiva que foi outrora.
Sei bem que ela tinha decidido muita coisa na vida se não tivesses filhos a quem ela ama mais do que tudo. Escusado será voltar a dizer o que ela mulher é capaz de fazer para ver a família feliz. Ela renunciou da sua vida, anulou-se como mulher para manter a família unida. Agora a cada dia que se passa, vejo-a acabar aos poucos, aos olhos nus. Sinceramente peço a quem tenha alguma ideia, algo que se possa para fazer para ajudar, que deixem comentários. Não há nada pior quando a vida deixa de fazer sentido, que sentimos que só continuamos vivos porque ainda respiramos, que de uma maneira ou outra Deus acha que devemos continuar aqui. Mas fazer o que? Não é uma questão de não ter forças, de ser um ser frágil, é sim ver todas as possibilidades esgotadas, não viver um amor porque não fica bem aos olhos de terceiros, desistir da sua própria vida em prol de terceiros. Será que isto também não será um acto de coragem ou apenas cobardia?Quando a dor, a rejeição, saber se estar certa ou não em cada decisão que toma, para uma pessoa que encontra-se no fundo de poço, pode ser fraqueza para muitos, mas acreditem poucos conseguem dar volta por cima.Confesso que ao escrever isto uma parte de mim também morreu com a minha amiga e eu gostaria de viver.