terça-feira, 8 de novembro de 2011

Um Paraíso na Terra: Ilhas Maravilhosas de S.Tomé e Príncipe


S.Tomé e Príncipe, duas pequenas ilhas situadas no Golfo da Guiné, São realmente o que se pode considerar de Ilhas Maravilhosas.
Identifico-me como uma cidadã angolana, foi o país que me viu nascer há umas décadas atrás, onde sabe sempre regressar, mas S.Tomé também faz parte da minha vida. É o país que viu nascer meus pais, onde passei alguns de bons momentos, na sua maioria na adolescência. Sempre que a vida permite-me venho a S.Tomé, estive na ilha do Príncipe uma vez e posso garantir que embora tenha passado alguns anos, ainda recordo daquele pequeno e lindo recanto.
S.Tomé é um País com grandes potencialidades para o Turismo, pois é duma beleza única, florestas virgens, de paisagens tão verdes que faz contraste com água cristalina e morna do mar onde o azul se confunde com o céu.
As pessoas são humildes, acolhedoras, embora nunca tenham aceitado a escravatura, recusando-se a ser serviçais na época colonial, fazendo com que os portugueses tivessem que ir buscar mão-de-obra barata em países como Angola, Cabo Verde e Moçambique, mas a verdade é que o povo São-tomense nunca se considerou superior aos seus irmãos destes países, mesmo aqueles que na era colonial eram funcionários públicos, algo quase impensável.
Na cidade de S.Tomé, não se pode dizer que os colonizadores tenham construindo grandes estruturas como em outros países, os edifícios construídos não tinham nenhuma beleza, como as que foram construídas em Angola e Moçambique.
Na minha visão que é bastante leiga nestes assuntos, quase poderia afirmar que os portugueses queriam ou seja, via em S.Tomé como uma colónia de férias, aliás as vivendas construídas nas roças onde o clima é ameno, o ar mais puro, faz-me crer que isto era o objectivo.
S.Tomé não é um país pobre, apenas acho que aquilo que dispõe do melhor que é o solo, rico para agricultura, foi mal explorado, porque assim numa primeira visão, acho que solo deste pequeno país é acessível a qualquer tipo de produto agrícola, aliás são muitas as pessoas que tiram do solo o seu rendimento para sobrevivência ou como rendimento extra ao magro salário que recebem a cada final do mês.
Se eu tivesse que investir em algum sector, naturalmente seria na área do Turismo, mas numa óptica bem diferente que vejo por aqui, não posso afirmar que seria um sucesso, mas com toda certeza sei que marcaria a diferença.
Também devo salientar que a falta de publicidade dos agentes de Turismo, a falta de divulgação da beleza natural destas ilhas, os preços exuberantes dos bilhetes de passagens tanto pela transportadora aérea local, como estrangeira nomeadamente a TAP, julgo eu que mesmo querendo muitos resistem a vontade de conhecer este pedaço de paraíso colocado no Oceano Atlântico.
Mas, apesar de todos prós e contra, aconselho as pessoas que gostam de ter umas férias bem passadas, com muita praia, passeio florestais, contacto directo com a natureza a virem a S.Tomé. Certamente não se arrependerão. No caso concentro daqueles que deslocam muitas vezes há países mais longínquos, acrescidos de riscos das guerras civis, vandalismo, etc, que em S. Tomé não terão com certeza de se preocuparem com isto. E que em muitos casos mesmo em Lisboa, há hóteis de 3 estrelas com preços bem mais elevados que os hotéis aqui nas Ilhas de S.Tomé e Príncipe e que se optarem por refeições fora dos hotéis poderão economizar, muito mais.
Juntando o útil ao agradável, apesar dos pesares é sempre agradável voltar a estas Ilhas, e acreditem que no meu caso em particular o gosto é ainda melhor.
Venham conhecer estes pequenos paraísos que são as Ilhas de S.Tomé e Príncipe, país que é preciso ver para crer.